Top 7 álbuns – Os discos mais marcantes do mundo

Por Luck Veloso – Recentemente recebi um link, do grande amigo e fotógrafo Nem Queiroz, onde podemos listar os TOP 7 Álbuns das nossas vidas, através de um algoritmo vindo do Spotify. A brincadeira gostosa gera uma imagem e aí decidi falar mais à respeito das minhas escolhas, que compartilho aqui com você.

101 – Depeche Mode 101 – O centesimo primeiro show da turnê do disco “Music For The Masses” resultou no resgistro incrível desse álbum. Gravado em Pasadena, em 1988, foi um marco pra mim, no auge dos meus 16 anos. Simplesmente pirei com esse disco, pois já estava me tornando super fã, desde o álbum anterior, do então quarteto formado por Alan Wilder, Martin Gore, Andrew Fletcher e o inigualável frontman, David Gahan. Pérola!

Music For The Masses – Depeche Mode – O sexto álbum de estúdio do Depeche Mode daria aos caras uma virada na vida. Contendo o som que viria a se tornar seu mega hit, “Strangelove”, canção da qual, segundo os próprios, nem esperavam muita coisa mas que os lançou para o planeta com força estratosférica. Para mim é quase um álbum religioso, de tanto que ouvi e decorei as letras, como “Sacred” e a maravilhosa “Behind The Wheel”. Item obrigatório

Electric – The Cult – Quando ouvi os primeiros acordes de Billy Duffy e a cantoria corajosa de Ian Astbury pela primeira vez, fiquei energizado e nunca mais deixei de escutar. Na época, lá no começo dos anos 1980, soou como um AC DC modernizado e com mais energia, um pouco mais de pitch. Quem conhece, sabe o que falo. Mas se você é novato no tema, tente ouvir (alto) “Peace Dog” e ao menos não bater o pezinho e fazer air guitar. Ou ainda, “Love Removal Machine” , a deliciosa “Wild Flower” e também, a releitura do clássico “Born To Be Wild”. Na sequencia, já vai se sentir usando uma jaqueta de couro e usando uma Harley, garanto!

Live After Death – Iron Maiden – Em outubro de 1985 eu tinha somente 13 anos, quando pela primeira vez, ouvi os sons produzidos pela garganta de Bruce Dickinson, vindos da casa de um vizinho que lavava uma Brasília verde na calçada. Não consegui seguir adiante. Sentei do outro lado da rua, fingindo que esperava alguém. Lembro bem disso. Aquela introdução com a voz de Churchill (Churchill´s Speech), soava como algo loucamente mágico para mim, precedendo a visceral “Aces High”. Obviamente que, na época, eu não imaginava que era um sampler da fala de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico. Poderia me estender aqui falando de inúmeras faixas maravilhosas que o disco possui, mas te recomendo sentar em frente a um som poderoso e ouvir pelo menos “Phantom Of The Opera” e não querer mergulhar num show do Iron, que já tive o prazer de ver três vezes. Amor define!

The Song Remains The Same – Led Zeppelin – Quando se faz um Top 7 Álbuns, não se deixa algo assim de fora. Eu tinha apenas um aninho de idade, quando essa obra prima foi registrada. Levei então cerca de 12 anos da minha vida, sem ter ouvido o disco, quando lá pela mesma época em que conheci o Iron Maiden, recebi os primeiros acordes poderosos de Jimmy Page, John Paul Jones, John “Bozo” Bonham e Robert Plant. A sensação foi parecida a receber uma injeção de adrenalina logo após sair de uma montanha russa. Ao conhecer o filme homônimo, lançado em 1976, me apaixonei completamente pelo Led, mais ainda pelo disco em questão. Simplesmente não conseguia parar de ouvir. Até durante um carnaval, que passei com amigos na praia, não conseguia sair da casa para lugar algum. Era cerveja e Led no 10. Ouvindo tudo sozinho, tipo doente. As que mais ouço e repito são: “The Song Remins The Same”, “The Rain Song”, a obra maravilhosa “Dazed And Confused”, que toma um lado inteiro de um dos discos do álbum duplo e muito choro durante “No Quarter” e “Stairway To Heaven”. Ouça o álbum, veja o filme! E me conte depois.

Stress, Depressão & Síndrome do Pânico – Autoramas – Não se espante pela distância entre os álbuns citados anteriormente. É uma lista de apenas top 7 álbuns e sim, o álbum de estreia do então power trio Autoramas, me pegou muito na época, em 2000. Minha filha acabara de nascer, em 1999 e lembro muito de ouvir o disco inteiro com ela no colo várias vezes, absorvendo a rebeldia deliciosamente anasalada de Gabriel Thomaz e da voz doce e rascante de Simone do Vale, que também alternava nos vocais e no baixo, tudo pontuado de forma visceral pela excelente bateria do Bacalhau, que participou de bandas como Acabou La Tequila e Planet Hemp. O disco, lançado pelo selo Astronauta Discos, do incansável Leo Rivera, foi distribuído pela major Universal e me lembro bem, eu o ganhei numa promoção da coluna Rio Fanzine, dos mestres Carlos Albuquerque e Tom Leão, no Jornal O Globo. Adorei o disco, que tem músicas deliciosas como “Fale Mal De Mim”, “Agora Minha Sorte Mudou” (recomendo demais essa) e ainda, a maravilhosa “Souvenir”, entre muitas outras. Se você curte rock do bom e toques de surf music, espete no som e aumente o volume, é viagem das boas!

Cabeça Dinossauro – Titãs – O último da lista e o que está na “vitrola” na imagem, é Cabeça Dinossauro, terceiro álbum de estúdio dos caras que revolucionaram o rock nos anos 1980. Lançado em 1986, o disco virou meu mantra por muito tempo na época. Eu estava então com 14 anos, no auge da rebeldia e da “cara de mau” e era quase como um grito contra o mundo, poder cantar a plenos pulmões pérolas como “Polícia”, “Estado Violência” e vociferar a deliciosamente herege “Igreja”. Confesso que até hoje, me espanto como conseguiram publicar essa música, lembrando que estávamos somente um ano após o Brasil ter saído de uma ditadura militar. É item mais que obrigatório em qualquer ´discoteca´ de respeito.
Claro que ao listar os Top 7 Álbuns, tive que deixar muitos outros discos maravilhosos de fora, como “Electric Café” do Kraftwerk ou ainda, “Under a Blood Red Sky”, do U2 e também, minha primeira paixão, o “The Singles” do The Cure. Mas em breve, farei novo texto sobre eles, conta aí pra gente os teus discos prediletos!
Phanton of the Opera do Iron Maiden é um clássico! Adoro a versão desse álbum, muitas vezes a sequência do “lado 4” do LP duplo tomou a frente na hora de ouvir.
O mesmo acontecia com o Strangelove e um pulo para Question of Time do 101, com o tempo fui entendendo melhor tudo aquilo.
E tem o dos Titãs! Bela sequência!