O ROCK MACHO TÁ FRACO? AS MENINAS, SÃO A RESPOSTA
Ultimamente, o rock anda meio por baixo no mainstream. Contudo, com a vitória da banda italiana Maneskin, no ultimo Eurovision, pudemos ter algum alento de que o gênero possa ter uma espécie de comeback para as massas (a banda vem para o Rock in Rio 22). No entanto, ouvindo alguns discos de cantoras, aparentemente ‘pop’, deu para ter um vislumbre de que rock é onde seu coração está. Os discos de Olivia Rodrigo e Halsey, por exemplo, estão bem acima da média de um poser como Machine Gun Kelly, por exemplo.
Quem me chamou a atenção foi a Halsey. Fui ouvir seu novo trabalho, ‘If I can´t have love, I want power’, e fiquei positivamente surpreendido. É claro que cheguei ao disco por causa de seus produtores, ninguém menos do que Trent Reznor e Atticus Ross (Nine Inch Nails!!!) Por isso, na maioria de suas 13 faixas (duas delas, composta por Reznor, Ross e parceiros do NIN) o som da poderosa banda industrial está por toda a parte, apenas com vocais femininos. Você quase pode ouvir Trent cantando algumas delas. Mas, pra não tirar o mérito da moça, ela assina a maioria das demais faixas.
Já o som de Olivia Rodrigo (que acaba de ganhar os principais Grammy do ano) não é tão poderoso quanto o de Halsey. Mas, ela tem o feeling rock. Meio como quando a Alanis apareceu com o seu ‘Jagged little pill’. Tudo ficou ainda mais interessante quando soube que, nos seus shows ao vivo, nos EUA, tem rodinha de meninas e sai até porrada entre elas hahaha. Algo que, que eu me lembre, nunca soube que tenha rolado em shows de Joan Jett, por exemplo. E, ela está apenas com seu disco de estreia, ‘Sour’. Me convenceu.
Daí que, no último Lollapalooza Brasil, fiquei surpreso ao conferir o show de Miley Cyrus (nunca tinha visto nada dela ao vivo). Pensando em ver apenas a abertura e, depois, mudar de canal, eis que me vejo preso na apresentação. Não apenas porque ela começou mandando um medley rock, que incluiu de ‘Where´s my mind’, do Pixies, a ‘Hart of glass’, do Blondie; como pela própria postura e atitude da garota em cena; que ainda abriu espaço para um honesto tributo ao Taylor Hawkins, que tinha morrido naquele dia. Achei bem mais empolgante do que o Strokes, da noite anterior. Pois é… TOM LEÃO
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