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Tom Leão Na Cova do Leão

Um dos mais respeitados jornalistas do Brasil, Tom Leão está agora na Radiocultfm.com. Sua coluna semanal, NA COVA DO LEÃO, é um olhar felino sobre trilhas sonoras e sons que habitam a alma criativa de Tom. Venha sempre!

NA COVA DO LEÃO

radiocultfm.com

JOE STRUMMER

PARA SEMPR NA MEMÓRIA

JOE STRUMMER: PARA SEMPRE NA MEMÓRIA 

Em 21 de agosto Joe Strummer, o fabuloso líder e vocalista do Clash, estaria fazendo 68 anos. Infelizmente, ele nos deixou, em dezembro de 2002, aos 50 anos, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Quando o Clash acabou de vez (após aquele esquecível canto decisne, o álbum, “Cut the crap”, 1985), cada um dos integrantes foi fazer uma coisa diferente. O guitarrista Mick Jones (que não participou do último álbum da banda), se agregou com uma galera bacana e criou o B.A.D. (Big Audio Dynamite), por exemplo.

E, Strummer, foi fazer o quê? Se reinventou através de trilhas para filmes. Tão logo ficou solo, colaborou com algumas faixas para “O Amor Mata” (“Love Kills”, 1986), aquela cinebio irregular do defunto Sid Vicious (o baixista junkie dos Sex Pistols, interpretado por um ainda desconhecido Gary Oldman), dirigida por Alex Cox (do maravilhoso “Repo Man”, 1984).

Deste filme, uma música se destacou, a faixa-título “Love Kills”, que tocava durante os letreiros de encerramento. A parceria com Cox, levaria Strummer, a não apenas tocar, comocompor a trilha sonora inteira (todo o score), do próximo projeto de Cox, o biográfico “Walker” (1987). O filme, era inspirado na vida do americano William Walker, camarada que, em priscas eras (anos 1800), se autointitulou presidente da Nicarágua (!), na marra. De quebra, Strummer ainda teve um pequeno papel no filme, como o ladino Faucett.

Não seria sua última colaboração com Cox, e nem sua última aparição como ator. No mesmo ano, a dupla trabalhou junto em “A Caminho do Inferno” (“Straight to Hell”), um western-paródia, no qual, além de emprestar o nome de uma das músicas mais bacanas do Clash para o título original do filme (vinda do disco “Combat Rock”, 1982), ele novamente atuou. Agora, num papel maior. E contracenando com a galera do Pogues (que faziam bandidos, claro) e com a futura senhora Kurt Cobain – e líder da banda Hole -, Courtney Love (que já havia feito uma ponta em “Sid & Nancy”). No embalo, Strummer, acabou fazendo uma turnê em conjunto com os Pogues, entre 1987/88. E, numa folga, participou como ator em “Mistery Train” (1989), do Jim Jarmusch. E, fez mais algumas pontas, aqui e ali, em filmes independentes. 

Mas, foi em 1988, que Strummer realizou aque considero a sua melhor contribuição numa trilha sonora para cinema: à bordo de banda batizada Joe Strummer & The Latino Rockabilly War (com a qual gravou um único álbum, “Earthquake Weather”), ele compôs algumas faixas magníficas para “Permanent Record” (“Para Sempre na Memória”), sensível filme que tratava sobre o suicídio de um jovem, e como este ato refletiu em sua turma (um ainda desconhecido Keanu Reeves no elenco). Além da faixa-título instrumental (apenas como Joe Strummer), ele contribuiu com outras cinco, com a banda. Foi a coisa mais distante e diferente do Clash que ele fez, sem deixar de ser Clash, na essência. É muito boa.

Este, foi ou auge da carreira de Strummer como ‘trilheiro’. Já que, ao longo dos anos 90,dedicou-se integralmente à sua nova banda, Joe Strummer & The Mescaleros. Neste período, fez apenas a trilha para um obscuro curta (“Question d´Honneur”, 1997) e uma colaboração, não-creditada, para “Matador em Conflito” (“Grosse Point Blank”, 1997). Encerrou os trabalhos, nesta senda de cinema, com o romance “Gipsy Woman” (2001). Poderia ter idomais longe. Não fosse a morte precoce.

Tom Leão

JOE STRUMMER

O britânico Joe Strummer fiou conhecido por seu trabalho como vocalista e guitarrista da mítica banda  The Clash. Também participou da banda The 101ers, tendo sido membro dos The Mescaleros e temporariamente dos The Pogues.

Suplemento especial Radiocultfm – por Luck Veloso
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