#tbtcult – Moonspell: Da penumbra à glória

Por Rogério Bezerra
Dizem que as fotografias são atemporais, e de fato, são.
Esse é o primeiro texto de uma série que faremos às quintas-feiras – o famoso #TBT – com fotografias de shows que a radiocultfm.com já cobriu ao longo de seus anos e vamos contar um pouquinho, de forma pessoal o que cada fotógrafo sentiu naqueles momentos.
Mas, Rogério, por que isso agora?
Vou responder: sabemos que esse ano de 2021 não foi fácil para ninguém, principalmente a galera que trabalha com shows, eventos e festas em geral. Parou tudo, a pandemia ferrou com a cabeça e com o emprego de muita gente, e essa galera passou perrengue mesmo, e dos brabos. Foi extremamente desafiador. Em Belo Horizonte, capital mineira, rolou até uma rifa solidária chamada “Do pit pra graxa”, onde nós fotógrafos escolhemos nossas melhores fotos de shows e doamos para que uma grande rifa online fosse feita e dessa forma a gente pode ajudar a galera que trabalha na técnica dos shows, montando e desmontando estruturas, carinhosamente chamados de “graxa”. Foi um sucesso e muita gente foi beneficiada.
Vasculhando essas fotos antigas de shows, encontrei umas fotos da banda portuguesa Moonspell que passou por Belo Horizonte em 2018 e pude registrar. A casa de shows era uma famosa casa de samba e pagode e era até estranho a galera na porta com um visual nada convencional do que as pessoas estavam acostumadas a ver. O som da casa estava ótimo, mas a iluminação… A gente teve que se virar nos trinta para fazer boas fotos e justamente essas fotos me renderam elogios de um dos maiores fotógrafos de shows de rock que conheço de nossa época, o sueco Björn Olsson. O trabalho dele é admirado por muitos profissionais da área e isso é incontestável. Participo de um grupo de fotógrafos de shows no Facebook onde o cara é o fundador e moderador de lá, e estava rolando uma trending sobre shows com iluminação ruim ou nada de iluminação e de como a gente levava nossos equipamentos ao limite para tentar capturar o que estava rolando, foi aí que publiquei as fotos abaixo no grupo e recebi o elogio, que honestamente, me fez chorar. A minha vontade era editar tudo em preto e branco e deu, mas me estrepei todo para preservar as cores de um grande show de uma grande banda que admiro. Valeu a pena? Valeu demais. Assim eu consegui fechar 2021: sofrido, retornando aos shows, com a esperança de um 2022 melhor.







