Star Wars: A Ascensão Skywalker – Enfim, sossego.

Ipitácio Oliveira – Longe de ser um caça-níqueis ou um filme escapista, “A Ascensão Skywalker” (Disney – 2019) fecha a saga intergaláctica Star Wars, criada por George Lucas (que estreou nos cinemas durante a década de 1970) entretanto, Episódio IX, tem algumas mudanças, mas nada muito radical.
O filme anterior da saga “Star Wars: Os Últimos Jedi” (2017) sofreu inúmeras críticas e deixou os fãs da franquia divididos, além de afetar a produção do longa posterior, causando mudanças em sua produção e mexendo com sua história original.
A alegação dada se baseou na abordagem adotada que causou um desfecho morno, incluído o desperdício de personagens, com uma linguagem superficial, sem um roteiro ousado e deixando a trama em si, quase monótona. Aqueles que esperavam por um embate mais forte, se decepcionaram.
J.J. Abrams diretor de “O Despertar da Força” (2015), teve a incumbência de trazer a saga de volta ao prumo, além de amarrar as pontas soltas deixadas pelos filmes antecessores e gerar um ânimo no filme decisivo.
O mote em “A Ascensão Skywalker” se dá com a notícia da volta do Imperador Palpatine (Ian McDiarmid) — que ainda está vivo — e planeja o retorno do Império Galáctico. Kylo Ren/Ben Solo (Adam Drive) agora como líder supremo, cai nas graças de Palpatine sendo o seu arauto, e tendo a missão de trazer a Jedi Rey (Deisy Ridley) para as mãos do imperador. Em paralelo a essa persuasão, os rebeldes preparam um contra-ataque à Palpatine.
Abrams fez um arremato de toda a história, condensado em 2 horas em 21 minutos, nesse aperto, as referências da saga ficaram bem escondidas, deixando pontos principais à deriva, prevalecendo o drama e as dúvidas da personagem central, do que a conclusão da própria história.
Essa abordagem, novamente não agradou aos fãs, que queriam um produto similar ao antigo, com uma conclusão arrebentadora e vibrante, mas ficaram um filme sem o impacto merecido.
Tirando esses quesitos, o filme é um trabalho corajoso em encerrar a franquia, que quando surgiu, mexeu com a indústria cinematográfica e merchandising, criando uma vertente rentável até hoje para o mercado de cinema. Um modelo de negócio até então inédito.
Além dos desdobramentos que a história possui, a franquia gerou diversos produtos em várias mídias e artigos como jogos, roupas, brinquedos, parque temático, games, livros e etc.
Ao término do longa, a saga criada por George Lucas se encerra, mas através das mãos de outros realizadores e sem o embate que cada um imaginava.
O seu final brando e sentimental, deixa as portas abertas para uma nova história. Porém, sem o vislumbre e o encantamento que conquistaram os fãs ao redor do mundo.
“A Asensão Skywalker” fecha um grande conto espacial, e dando finalmente o descanso desejado aos personagens, que há anos lutam por essa serenidade.
Em tempo, bom filme.