Sons que Vêm da Serra mostra novos rostos e pensamentos

Por Luck Veloso – Em tempos bicudos para a cultura brasileira, a iniciativa “Sons que Vêm da Serra” da Honey Bomb Records, em parceria com a Natura Musical, despeja luz sobre importantes temas que devem participar cada vez mais dos papos, seja em que roda for, promovendo a pluralidade tão necessária dos dias atuais.
A coletânea reúne os artistas Slam das Manas, Jagunço, Gabrre, Araucana, Bloco da Ovelha, TeTo, OLO e Os Bardos da Pangeia, contando ainda com parcerias entre Maria Rita Stumpf e João Gôsto e entre a banda Não Alimente os Animais e o senegalês Mohamed Aw.
O projeto foi possível através do edital Natura Musical, que em 2018 obteve financiamento da Lei de Incentivo à Cultura Pró-Cultura RS, através da Secretaria de Estado da Cultura e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Um grande passo que se destaca na contramão do que vem sendo imposto pela grande maioria dos governantes do Brasil atualmente.
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O edital, criado em 2014, vem realizando grandes projetos, oferecendo recursos e claro, mostrando as novas caras musicais para um Brasil que absorve, merece e precisa de cultura. “O Natura Musical foi criado para valorizar a diversidade e identidade da música brasileira”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.
Slam das Manas faz parte do projeto, com música e poesia em “Palavra é a Visão”.

Caxias do Sul vem sendo uma importante usina para novas criações. Prova disso é o grupo “Slam das Manas“, que faz parte da coletânea. Surgido em 2018 como um braço feminino do Slam Poetiza, é formado por Polliana Abreu (28), Jamille Santos (17) e Yuri Bennihur (17) e dá mais um importante peso à importante e necessária luta de mulheres, bissexuais, lésbicas e trans, por um espaço na sociedade e, melhor que isso, respeito.
Assista ao clip de “Palavra é a Visão”:
Além da sadia discussão e esclarecimetno em torno da questão de identidade de gênero, projetos como o Slam das Manas, ajudam a propagar uma pluralidade altamente necessária, desde sempre e ainda mais nos dias atuais. O movimento se fortalece ainda mais ao surgir em um eixo além do Rio – São Paulo, fomentando ideias sólidas sobre a questão de boa convivência, entre tudo e todos. Conheça e propague!
Muito massa ver a propagação da diversidade mesmo em tempos em que tentam nos calar a todo custo.
Foi uma experiência enriquecedora para nós! Obrigada pelo espaço!
Mas não somos braço do Slam Poetiza não, hahaha. Somos um corpo inteiro. É por isso que estamos aqui, para que nos espaços das manas sejamos reconhecidas como protagonistas das construções feita por nós mesmas, nós somos parte da cultura de rua, e temos o prazer de compartilhar esse palco aberto com Slam Poetiza, que veio antes e nos ensinou tanto!
O corpo e a alma, diria. Vida longa Polli e todo o crew!
Slam que é uma mina de invenção poética!