ROB ZOMBIE: TOCANDO O TERROR ATRAVÉS DE FILMES BEM SINISTROS, QUE ELE DIRIGE
A banda americana White Zombie (que esteve aqui, apenas uma vez, no Hollywood Rock de
1994) pode não existir mais – oficialmente, encerrou carreira em 1998. Contudo, o seu
mentor, Rob Zombie (nascido Robert Bartleh Cummings, em 1965), segue em carreira solo, dividindo o seu tempo com a música, lançando discos solo, e com o seu hobby favorito, o
cinema. Especialmente, o de terror.
Em sua carreira solo, grande parte é dedicada a criar trilhas para filmes. Zombie sempre
gostou de terror, desde criancinha. Tanto que, o nome de sua banda vem de um clássico com
Bela Lugosi, ‘White Zombie’ (1932), um dos primeiros – se não o primeiro – a usar o termo
‘zumbi’ no título. Então, quando criou a banda, seus álbuns e músicas mais se pareciam com trilhas para filmes jamais realizados, a partir dos nomes e das artes das capas, que pareciam
cartazes de filmes vintage. A inspiração maior são os filmes exploitation dos anos 1960, não
apenas de terror. Mas, também, os psicodélicos, de motoqueiros, sci-fis B e similares.
Com o fim do White Zombie, Rob se dedicou mais e mais ao cinema, como diretor. Depois de
dirigir todos os clipes de sua banda — e até para nomes como Ozzy Osbourne (‘Dreamer’, 2003) –,
chamou a atenção em sua estreia com o longa ‘A casa dos mil corpos’ (‘House of 1000 corpses’, 2003). Mas, foi em 2005, que se destacou na cena, com ‘Rejeitados pelo diabo’ (‘Devil´s rejects, 2005), estrelado por sua musa e esposa Sheri Moon Zombie. O filme, passado nos anos 70, trazia um grupo de psicopatas, meio influenciados pela Manson Family.
Agora, mais de uma década depois (na qual ele dirigiu uma prequel para a série ‘Halloween’
e a continuação deste ‘H2: halloween 2’), finalmente chega a sequência, ‘Os 3 infernais’ (‘3 from hell’), exibido no Brasil, apesar de o primeiro nunca ter passado nos cinemas daqui (foi direto para vídeo). Como sempre, com trilha original de Zombie e canções de vários artistas (curiosamente, nenhuma do White Zombie). Como ‘In a gadda da vida’, do Iron Butterfly’, que toca numa cena bem pesada. Este, se passa nos anos 80, depois que personagens do primeiro filme fogem da cadeia. Tem a sangueira de sempre. E uma boa trilha, do country ao glam rock. Vale ouvir. E ver.
Tom Leão
Comentários