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Kraftwerk e Underworld arrebatam a plateia no C6 Fest

Por Luck Veloso com fotos de Cleber Jr. – O C6 Fest recebeu dois nomes de peso da música eletrônica mundial nesta semana. O quarteto alemão Kraftwerk e o duo Underworld.

O Kraftwerk abriu os trabalhos do festival, com a já famosa pontualidade alemã, iniciando o show às 20:59, que teve a duração exata de 1h 15m, com um desfile de clássicos, abrangendo a grande obra dos caras.

Faixas emblemáticas como “The Model“, “Trans Europe Express“, “Computerworld” e “Boing Boom Tschack” foram as que mais levantaram a platéia, compostar em sua grande maioria, por aficionados dos sons eletrônicos.

Da formação original, restou apenas Ralf Hütter e o grupo conta ainda com o percussionista eletrônico Henning Schmitz, este último também responsável pelos teclados ao vivo, além do projetor de vídeos Falk Grieffenhagen. Fritz Hilpert segue afastado das atividades, tendo sido substituído por um integrande cujo nome não chegou a ser divulgado.

Já o show do Underworld teve um peso sonoro maior do que o do Kraftwerk, como era de se esperar. Assim como os colegas alemães, o duo formado por Karl Hyde e Rick Smith, focou em sons mais conhecidos da carreira.

Quem foi ao C6 Fest conferiu faixas como “Juanita 2022”, “Push Upstairs“, “Jumbo“, “King of Snake“, “And The Colour Red” e a apoteótica “Born Slippy. NUXX“, para finalizar a festa e a apresentação cheia de energia dos caras.

Esperamos que festivais como o C6 Fest nos traga outros nomes de igual qualidade por terras tupiniquins. Excelente evento!

CONFIRA TAMBÉM A RESENHA DE IPITÁCIO DE OLIVEIRA:

O kraftwerk é uma banda que possuí um comportamento atípico se comparando com os demais artistas vigentes, não só na parte musical, mas principalmente como se relacionam com o seu público ao redor do mundo.

Com um histórico importante dentro da música, muito devido aos seus feitos em relação ao novo caminho que mostraram que poderia ser seguindo, mas também pela sua interpretação do cotidiano refletido em suas músicas.

As apresentações são quesito à parte, e principalmente depois da década de 1990, na qual deram uma mudança significativa em suas produções, e a partir desde momento em diante ficaram mais presentes na mídia e principalmente com o seu público.

Em sua quinta passagem pelo Brasil e quarta no Rio de Janeiro, o kraftwerk apresentou uma renovação em seu visual do qual trouxeram um novo esquema de luzes e roupas que possuem uma iluminação própria.

Sem músicas novas desde 2003, mas com um relançamento em 2022 com uma coletânea de remixes do qual tem a faixa “inédita” Non Stop, o kraftwerk fez a típica apresentação dos os homen-máquina de Düsseldorf: tocaram as suas músicas mais famosas como Tour de France, Autobahn, The Robots…, e o telão projetando as imagens que representam as músicas.

Apesar de algumas falhas no áudio, que simplesmente sumiu em alguns momentos, a apresentação fisgou por 1 hora e 15 minutos a atenção do público presente no Vivo Rio, casa de espetáculo, não muito acostumada com som eletrônico, mas os alemães entregaram o que se esperava, uma passagem completa pelo que criaram e pelas suas inovações dentro da música pop.

O público ansioso carioca que marcou presença no local, e que há tempos esperavam por um artista de certa relevância, saiu satisfeito com o que assistiu na quinta-feira a noite, já que a última vez que os alemãs passaram pela cidade, foi no ano de 2009. O quarteto chegou a retornar ao Brasil em 2012, mas somente na cidade de São Paulo.

Em São Paulo dando continuidade a turnê 2023, que se iniciou pela América Latina, o kraftwerk fez uma apresentação com um telão bem maior do que o modesto e elegante que fizeram no RJ, mas sem perder a sua energia e vigor.

Os alemães deixaram uma impressão no público brasileiro bem diferente do que se encontra em outros artistas que passam por aqui. Além de manter ativo o caminho próprio e cheio de inovações do qual criaram.

Ao término das apresentações, fica um certo clima de despedida, mas uma conclusão que ainda se encontra muito distante de acontecer.  E como se trata do kraftwerk, é um fato difícil de fazer uma previsão correta.

E a música não para…

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