Gorillaz e sua máquina de fazer música

Por Ipitácio Oliveira — O Gorillaz não ficou só marcado no pop por apresentar uma banda alternativa em formato de desenho animado, mas principalmente pela criação de um conjunto musical que segue um caminho contrário do modelo comum adotado no meio artístico. A combinação de música alternativa, com um time de convidados escolhidos a dedo, deu muito certo e rendendo álbuns que mantiveram a mesma linha sonora nos trabalhos posteriores.
A aceitação do público foi decisiva para o sucesso do grupo, que se mantém ativo desde o ano de 2001, quando lançaram o seu homônimo primeiro disco. De lá pra cá, o Gorillaz, se encontra em sua melhor fase e o atual álbum reflete esse momento tão sensato, apesar das mágoas em algumas faixas.

Em Song Machine: Season One (CD, Vinil duplo, Digital, Streaming, Box — Parlophone), ouvimos lamentos sobre a vida cotidiana, reflexões, inseguranças, e as viagens de Damon Albarn pelo decorrer de todo o álbum. Mas as participações especiais, são o verdadeiro chamariz no quase delirante disco. Aqui dando o destaque para Robert Smith (The Cure) na sonhadora Stranger Timez e Elton John na sentimental The Pink Phanton, que ambas as músicas, acabaram ganhando animações de primeira.
O restante de Song Machine, segue o estilo descolado adotado nos trabalhos anteriores, porém cheio de modernidade. Apesar de possuir 17 faixas, o disco não cansa devido ao ritmo bem variante entre as composições, que deixa o recente álbum com uma mistura de hip-hop alternativo com estranhezas sonoras. No geral, ficaram devendo o hit radiofônico.
Junto com o lançamento do novo álbum, também informaram a transmissão de uma live para o mês de Dezembro, através do canal pago Live-Now, já que não há outras previsões de apresentações devido ao isolamento social em decorrência da Covid-19.

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