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Folks prepara novo álbum para este ano; confira entrevista

Kauan Calazans
Kauan Calazans, vocalista do Folks

Por Cleber JR – Folks é uma banda de rock independente formada em 2011, no Rio de Janeiro, por Kauan Calazans e Paulinho Barros. Em 2015, lançou seu primeiro álbum de estúdio, “FOLKS”,  num show incrível no Imperator, também no Rio.

O álbum foi o terceiro mais vendido no iTunes, na categoria Álbum de Rock. Esse sucesso os levou a palcos de grandes festivais como o Rock in Rio em 2019.

Agora, quando comemora dez anos de estrada, a banda está novamente no estúdio Toca do Bandido gravando novas músicas, com a produção de Felipe Rodarte.

Por tudo isso, convidamos o vocalista Kauan Calazans para um papo sobre esse momento especial, através dos apps, pois ainda vivemos tempos difíceis.

No Estúdio, com nova formação

Kauan, o último álbum do Folks foi lançado em 2016 e chegou ao 3º lugar entre os álbuns mais vendidos no iTunes, de lá para cá vocês lançaram dois singles, por que demorou tanto o novo álbum?

– Esse ano a Folks está completando 10 anos de banda. Depois que lançamos o primeiro álbum, que teve uma ótima repercussão, começamos a querer explorar mais a brasilidade dentro do nosso som. Associado a dificuldades no caminho de se ter uma banda de rock no Brasil, tivemos um tempo até conseguirmos nos encontrar. E fizemos questão de respeitarmos o tempo que fosse, até a hora de sentirmos que realmente era a hora de voltar para o estúdio e gravar um álbum completo.

Inclusive hoje, sinto tudo fazendo sentido, com aquele mesmo sentimento, inocente, que tinha aos 12 anos quando sonhava em ter uma banda de rock com meus amigos e fazer um som que me emocionasse, estou muito feliz com o que está rolando com o Folks.

A banda já teve diversas formações, mas você e Paulinho Barros estão desde o início. Quem mais participa da gravação desse álbum?

– Da formação original eu e Paulinho seguimos juntos com Matheus Coelho na bateria, Darlon Pitta no baixo e Leonardo Vieira na guitarra. Essa galera chegou chegando, agregando muita sonoridade e energia boa. Isso, com certeza, influencia no resultado final das gravações, que ainda estão rolando, do disco novo. Estamos colocando outros elementos que já aparecem nos singles anteriores, como a percussão e teclados.

Paulinho Barros e Kauan Calazans, no show do Imperator

A parceria com Felipe Rodarte e o estúdio Toca do Bandido também vêm de longa data. Ele novamente se encarrega da produção. Com esse entrosamento e a experiencia adquirida pela banda ao participar de grandes festivais depois de 2016, a expectativa aumenta, o que vem por aí? Conta um pouco para gente.

– Conhecemos o Felipe Rodarte quando tínhamos apenas duas semanas de banda. Eu só tenho a agradecer por tantos ensinamentos ao longo desses 10 anos. Por ele sempre ter acreditado no Folks, isso pra mim é grandioso. Tenho respeito máximo por ele que tem feito produções incríveis com Marcelo Falcão, Baco Exu do Blues, Caio Prado, The Baggios, Luciane Dom, Banda Reação, uma galera da pesada mesmo!

E as últimas sessões que rolaram desse novo trabalho, têm ido muito bem, acho que tá todo mundo muito seguro do que queremos nesse trabalho, isso facilita, estamos vibrando juntos na mesma frequência.

Os singles “Sobre Viver” de 2017 e “Despertar” lançado ano passado, estarão no álbum?

– Isso é uma questão que a gente vem conversando, mas ainda não tem nada confirmado, tudo pode acontecer.

 

Boas energias para superar a pandemia

Como tem sido o processo de gravação durante a pandemia e como isso influenciou no trabalho de composição das músicas o momento conturbado que vivemos no Brasil e em todo o mundo?

Acabou influenciando nas composições. Música vem da alma, é sentimento. Eu tentei canalizar minhas energias em algo que pra mim fosse produtivo na pandemia, que foram as composições, e obviamente me mantendo ocupado assim, ajudou muito mentalmente a sobreviver esse momento tão pesado no mundo.

O lançamento de músicas mudou significativamente, há uma tendencia dos artistas lançarem singles em sequência antes de lançar o álbum completo, o objetivo é se manterem conectados com os consumidores do streaming e da “cultura da playlist”. O que vocês pensam a respeito, um pouco antes de completar o álbum?

– Nós vamos seguir lançando alguns singles até compilar o álbum completo.

Acho que hoje em dia tem muita informação na internet, onde o álbum será lançado. Então optamos por trabalhar singles. Talvez se lançarmos um álbum completo, de uma vez, algumas músicas não terão a atenção que achamos que merecem. Sem falar que somos uma banda independente, não temos investidores, acaba ficando mais leve financeiramente.

Paulinho Barros em ação

Ainda convivemos com restrições devido a pandemia. Lembro do show de lançamento do “Folks” no Imperator, da energia da banda, como será agora que os shows estão suspensos? Teremos Lives?

– Acho que seria legal uma live sim, inclusive está nos nossos planos. Estamos pensando em como viabilizar isso, até porque esse ano ainda estamos celebrando 10 anos de banda.

Tudo tem sido difícil para uma banda independente, como supera todos esses obstáculos para seguir em frente?

-Tenho exercitado a paciência.

Mentalizado que tudo vai acabar se resolvendo. Estamos muito focados, isso ajuda. Pra mim o mais importante é conseguir finalizar a gravação desse repertorio que fizemos com tanto carinho, ter a oportunidade de compartilhar com o mundo e talvez vir a conhecer novas pessoas que da mesmo forma que eu, também se emocionam com essas músicas.

Pra terminar, como foi a experiência de tocar em grandes festivais como o South by Southwest, no Texas, EUA e no último Rock in Rio em 2019? Palco Sunset em 2022?

É emocionante lembrar de momentos como esses. Ter vivido isso é mais um motivo que não deixa arrependimento em ser um sonhador.

Qual a previsão para o lançamento do próximo single?

Se tudo der certo, lançamos o primeiro single ainda neste primeiro semestre. Na sequência os outros, de acordo com a resposta da galera, queremos estar o mais conectado possível com nosso público, ele será nosso termômetro!

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