Festival MITA – Veja como foi o segundo dia!
Por Davi Macena (Especial para a Radiocultfm) – fotos: Divulgação / I Hate Flash
Mita Dia 2
No sábado, os fãs da Lana dominaram o festival. Já no segundo dia, o público estava mais diverso. Muitas pessoas queriam ver a Sabrina, outras estavam ansiosas para o retorno do NX Zero aos palcos, e claro, fãs em peso de Florence + the Machine aguardando o horário do show.

No segundo dia, a produção do festival foi mais pontual. A primeira atração a se apresentar foi Jean Tassy, cantor de rap/hip-hop, ao meio-dia, e ele dividiu o palco Deezer com Yago Opróprio, rapper assim como ele. Carol Biazin abriu os shows do dia no palco principal, logo após o fim do show de Jean e Yago, trazendo um show bem sexy e provocante, com muito pop e seus grandes hits FICA PRO CAFÉ e Tentação, sua colaboração com Luísa Sonza. A cantora também fez um tributo à cantora Cássia Eller, cantando Malandragem. Ao final do show, ela revelou uma surpresa aos fãs: assim que saiu do palco, o telão revelou um QR Code, que direcionava a todos para seu site oficial, mostrando uma contagem regressiva que termina na próxima quinta-feira, dia 01/06. Pode-se presumir que seja para algum anúncio ou lançamento de uma possível nova música.

Sabrina Carpenter se apresentou no palco Deezer e cantou alguns de seus maiores sucessos, como a música Nonsense, fazendo até um cover de The Sweet Escape, de Gwen Stefani. A cantora demonstrou muito carinho pelo país, vestindo-se com uma blusa escrito “BRAZIL” e revelando que esteve aprendendo um pouco de português, chegando a brincar dizendo que havia procurado a tradução para a letra de because i liked a boy, “I’m a homewrecker, I’m a slut”. Representando o movimento riocore, Scracho se apresentou logo após Sabrina no palco principal. A banda fez até um cover de Mania de Você, homenageando Rita Lee.
No domingo, o emo reviveu quando a banda NX Zero fez seu primeiro show da nova turnê Cedo ou Tarde, marcando seu retorno aos palcos. É o primeiro show da banda desde seu disband em 2017. A banda cantou seus maiores sucessos, como Razões e emoções e a música que dá nome à turnê, Cedo ou tarde, que nesse o show, foi performada como um tributo a Chorão, ex-vocalista do Charlie Brown Jr.

O MITA também marcou a primeira apresentação das irmãs HAIM no Brasil. Assim como Sabrina, Alana, Este e Danielle quiseram demonstrar seu carinho e entusiasmo com o país, usando biquínis com as cores da bandeira nacional. Durante o show, Este revelou que é fã da música brasileira e que já fez planos para estudar em uma universidade daqui. Ela também revelou que é muito fã da Xuxa, e quis prestar uma homenagem à rainha dos baixinhos cantando Ilariê com toda a plateia. Era nítido o quanto elas amaram a experiência de terem se apresentado no país, e sem dúvidas foi um dos shows mais divertidos e orgânicos do festival, sem contar que elas arrasaram, cantando os sucessos The Wire e Now I’m In It. Logo em seguida, The Mars Volta agitou o palco Deezer com muito metal progressivo ao som dos vocais de Cedric Bixler-Zavala, encerrando as atividades naquele palco na noite de domingo.

Ao contrário do show principal da noite anterior, o show da banda Florence + the Machine começou até alguns minutos antes do horário previsto. Com muita magia, a banda entregou um show extremamente catártico: foi o momento de dançar, pular e se emocionar com os vocais potentes de Florence. Durante a performance de Dog Days Are Over, Florence pediu para o público guardar os celulares para que todos pudessem sentir o momento com toda a intensidade e agitação. Não era um momento para se prender a tela de um celular, e sim de liberar qualquer emoção que pudesse ter sido presa ou guardada.
A cantora falou um pouco sobre seu novo álbum, o Dance Fever, e sobre ele ter sido criado durante a pandemia do COVID-19, em que as pessoas não podiam ficar perto umas das outras. Ela disse que queria que aquele momento do show fosse usado para que as pessoas pudessem dançar, se abraçar, dizer umas às outras o quão importantes elas eram e o quanto elas eram amadas.
A banda também chegou a performar a música Never Let Me Go, que estava fora dos setlists dos shows há aproximadamente 10 anos. O show, e por consequência, o festival, foi encerrado com a música Rabbit Heart (Raise It Up), em que a vocalista pedia ao público “um pequeno sacrifício”, que significava nada mais do que algumas pessoas subindo nos ombros umas das outras, em um faz de conta que indicasse que elas seriam os “tributos” à banda.
E esse foi o nosso review do MITA Festival. Fazer parte da cobertura desse evento foi uma experiência tão rica que ficará marcada durante muitos e muitos anos em nossas vidas com toda a certeza. Esperamos que a próxima edição seja tão múltipla e diversa quanto a edição deste ano, dando ainda mais visibilidade para os mais diversos artistas e gêneros musicais, reunindo as mais variadas “tribos” em apenas um evento.