Exterminador do Futuro – Destino Sombrio procura encerrar um ciclo
Por Ipitácio Oliveira – Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, procura fechar a história iniciada no filme original de 1984, em conjunto com Exterminador 2 (1991) e ignorando as demais continuações (2003, 2009 e 2015) além da série de TV (2008-2009). Desdobramentos que não apresentaram muita relevância em relação aos longas reverenciados. Muito desse caráter, se dá pelas mãos de James Cameron (diretor dos T1 e T2) que assina como produtor ajudando a organizar o plot do filme atual.

Mesmo sem um grande impacto, “Destino Sombrio” acerta em exprimir um trabalho coerente e sem muitas firulas, prevalecendo a ação quase que contínua, e deixando de lado a trama, que nesse sexto filme, repete a mesma formula das obras clássicas.
A personagem Dani Ramos (Natalia Reyes) começa a ser perseguida pelo quase implacável Rev-9 (Gabriel Luna) que possuí a missão de exterminá-la, mas acaba recebendo a proteção de Grace (Mackenzie Davis) uma humana aprimorada, que a ajuda a fugir e se manter viva. E nesse mesmo tempo, Sarah Connor (Linda Hamilton) entra como um amparo extra tanto bélico quanto emocional, além de explicar o que aconteceu posteriormente ao final de T2.
Tim Miller (Deadpool – 2016) exibe um filme agitado, quase ininterrupto e sem muitos rodeios, deixando prevalecer a agitação em um fiapo de história, e mesmo contendo quatro roteiristas, a trama não é muito complexa. O quarteto procurou criar uma história quase original, em meio aos genéricos filmes de ação que sempre se repetem. “Destino Sombrio”, se
demonstra renovado, mas sem um propósito ainda relevante.
Arnold Schwarzenegger com o seu robusto T-800, possui uma participação de grande importância para o enredo. Que no mote, se torna um coadjuvante de luxo, porém essencial. A sua truculência é deixada de lado, favorecendo mais o drama, apesar da sua decisão não ser muito plausível, em relação a mudança de conduta moral do personagem. Que a princípio, soa forçada e sem muito fundamento.
Apesar de sua narrativa simples e sem o acabamento de T2, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio reanima o interesse na franquia, deixando bem claro que nessa sexta parte, indica um novo caminho a ser seguido, e encerrando vez, o conto já clássico. O T-800 passa o bastão.