Em clima de festa, Metronomy comanda a noite em grande estilo no Popload Gig

Por Renan Esteves – Uma banda que se sente praticamente à vontade, sempre que canta no Rio de Janeiro. Isso é o que podemos dizer dos ingleses do Metronomy, que pisaram pela terceira vez em terras cariocas para apresentar seu mais novo álbum: “Metronomy Forever”, lançado em setembro deste ano.
Sobre a intro de “Wedding”, do álbum “Metronomy Forever”, vimos 5 pessoas vestidas de macacões brancos se aproximando do palco, como se fossem astronautas se preparando para alguma missão no espaço. O show começa com “Lately”, seguida pela canção “The Bay”, do disco “The English Raviera”, um dos trabalhos mais importantes da banda, pra não dizer o melhor, na minha opinião, o que ajudou a popularizar os ingleses.

As músicas de “Metronomy Forever” caem como uma luva para o público, como nas canções “Whistand Bay”, “Walking in the Dark” e “Insecurity”, esta que causa uma catarse sonora diante de um público cantando sem parar. E o que dizer sobre a dupla de tecladistas Oscar Cash e Michael Lovett? Eles não param um só instante e ditam o ritmo do show com seus efeitos sonoros acrescentados dos jogos de luzes em várias partes do show. Vale lembrar que Michael Lovett também é guitarrista e se reveza com o vocalista Joseph Mouth nos solos – todos destacados num canto escuro do palco.

É nas canções antigas que a banda ganha seus pontos com a plateia, como na baladinha romântica “Everything Goes my Way”, em que a baterista Anna Prior mostra seus dotes vocais ao performar para um Sacadura completamente abarrotado. Anna também comanda como ninguém sua bateria, lá no fundão do palco junto de seu microfone, dando conta das duas funções quando necessário. O ritmo segue com “She Wants”, num jeitão todo post punk que faz lembrar The Cure – tudo sob a voz de seu líder Joseph Mount. “Reservoir” é outra que o público dança de forma automática, num teclado que faz lembrar muito os alemães do Kraftwerk.

O baixista nigeriano Olugbenga Adelekan exala simpatia e muita presença de palco durante toda a apresentação, seja no seu baixo, seja nos backing vocals com Joseph e com Anna Prior. Num momento mais atmosférico, a banda tocou “Walking in the Dark” e as instrumentais “Boy Racers” e “Lying Low”, provocando aquele clima de lisergia misturando com danças esquisitas, onde o Sacadura se transformou numa boate, com o teclado de Oscar mais o baixo de Olugbenga comandando todo o espetáculo.

Sentindo-se satisfeitos em tocarem novamente no Brasil, o vocalista Joseph Mount tira uma pausa para agradecer todo o carinho do público carioca nessa noite e faz questão de apresentar cada um dos integrantes e de fazê-los falar algumas frases em português, causando risadas e aplausos da plateia. O espetáculo passa tão rápido, que o povo mal se dá conta de que já está em “I’m Aquarious”, onde a dupla Joseph e Anna puxam a responsabilidade, com os sussurros viciantes de “shoop doop doop ah” puxados pelo público. A banda volta pro bis apenas com Joseph, de posse de um violão, e do tecladista Oscar Cash com a canção “Upset my Girlfriend”, e logo depois, com todos os integrantes de volta, a banda encerra seu show de 1h40 minutos com a dançante “Radio Ladio”, numa viagem ao tempo da onde tudo começou e que define a estética da banda que se reinventa a cada disco lançado.

Setlist:
Wedding
Lately
The Bay
Wedding Bells
Corinne
Whitsand Bay
Everything Goes My Way
She Wants
Reservoir
Walking in the Dark
Boy Racers
Lying Low
Insecurity
I’m Aquarius
The End Of You Too
Old Skool
Salted Caramel Ice Cream
The Look
Love Letters
Sex Emoji
Bis:
Upset My Girlfriend
Radio Ladio