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Angra revive clássicos com show ‘sold out’ no Rio

Angra no Circo Voador – foto: Mima Rodrigues

Por Andre Cult (fotos: Mima Rodrigues)- Na última sexta (1/7), o Angra voltou ao Rio para comemorar os 20 anos do álbum “Rebirth” com um show sold out que lavou a alma dos fãs cariocas. Isso porque esta foi a primeira apresentação após a fase de trevas da pandemia (“renascimento da vida social”, como bem disse Rafael Bittencourt) e a primeira após a morte de Andre Matos. Sem contar que a última vez (2018) por aqui também não foi das melhores devido ao excesso de problemas técnicos. Ou seja, os caras precisavam entregar o melhor e conseguiram.

foto: Mima Rodrigues


Após um competente show da Allen Key, com direito a bolas gigantes jogadas para a plateia, o público leva um susto: a introdução “Crossing” simplesmente para e recomeça após um tempo. Será que vamos repetir os problemas? Não, não vamos!

Foto: Mima Rodrigues

Após a pequena falha, Fabio Lione (vocal), Rafael Bittencourt (guitarra e vocal), Felipe Andreoli (baixo), Marcelo Barbosa (guitarra), Guga Machado (percussão) e Bruno Valverde (bateria) subiram ao palco por volta de 21h40 já cuspindo a clássica “Nothing to Say”, para alegria dos fãs da fase Matos. A partir daí, fizeram uma boa mistura de sons de todos os álbuns, com boas escolhas e pequenos equívocos. “Black Widow’s Web”, uma das melhores da fase atual, veio em seguida com Lione e Bittencourt dividindo os vocais. Aliás, é um acerto termos Rafael cantando bastante nos discos atualmente.

Foto: Mima Rodrigues


Após a dobradinha, veio a parte mais esperada: a execução do álbum de 2001 de cabo a rabo com todo mundo cantando junto. E é um privilégio termos Lione no vocal de uma banda nacional. Sem desmerecer as gravações originais, o cara consegue se apoderar de cada faixa com seu estilo e fazer toda a diferença em canções como “Millennium Sun”, “Running Alone” (a “Evil Warning” da fase Edu Falaschi :p) e a balada operística “Visions Prelude”, momento em que Lione solta a voz de verdade, lembrando seus tempos de Rhapsody, só pra citar três.

Foto: Mima Rodrigues

Após a catártica sequência, a banda volta com mais clássicos e músicas mais novas. A fase Edu foi lembrada na terceira parte do show com mais algumas faixas: as boas “The Shadow Hunter” e “The Course of Nature”, a dispensável “The Rage of Waters” e a balada mela cueca queridinha de muitos, “Bleeding Heart”, cheia de celulares acessos. Da fase atual, apenas “Upper Levels” aparece, já com parte do público do lado de fora pra tomar um ar. Andre Matos só volta a ser lembrado com “Metal Icarus”, do lamentavelmente esquecido “Fireworks”, e o insubstituível gran finale “Carry On”, que traz de volta pra meiúca todo mundo que estava lá fora.

Foto: Mima Rodrigues


O Angra mostrou aquilo que todo fã espera: percussão, brasilidade, peso e duelo de guitarras, provando que Barbosa foi um grande contratação pro time. Tudo estava lá, como sempre! O grupo provou que ainda consegue lotar uma casa da importância do Circo Voador em uma cidade que está mal das pernas quando o assunto é rota de shows, mesmo com outra grande banda atual (Crypta) também esgotando uma apresentação do outro lado da cidade. E ver essa celebração de um álbum tão importante para o metal nacional do século XXI foi perfeito pra lembrar a potência da banda no mundo real, já que no virtual as tretas ganham mais visibilidade ultimamente. Que venha a turnê do próximo álbum no ano que vem e, quem sabe, uma comemoração de 20 anos do “Temple of Shadows” em 2024.

Foto: Mima Rodrigues

Angra no Circo Voador

1- Nothing to Say
2- Black Widow’s Web

Rebirth
3- Nova Era
4- Millennium Sun
5- Acid Rain
6- Heroes of Sand
7- Unholy Wars
8- Rebirth
9- Judgement Day
10- Running Alone
11- Visions Prelude


12- The Course of Nature
13- Metal Icarus
14- The Shadow Hunter
15- The Rage of the Waters
16- Bleeding Heart
17- Upper Levels

Bis
18- Carry On

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