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AC/DC com Axl – Um olhar cinco anos depois

Angus Young & Axl Rose

Por Cleber JR -Você apostaria que Axl Rose seria capaz de colocar nos trilhos uma banda ou correria dessa? Quem seria capaz de convidá-lo para essa missão levando em conta tudo que aconteceu com o Guns N’ Roses?

Axl tem histórico de ser um cara incontrolável, imprevisível, que possui uma energia devastadora contra si mesmo. Desfocado, proporcionou barracos históricos em shows com o Guns como em 2006 no Download Festival, quando admitiu “dificuldades técnicas”, abandonou o palco deixando a banda com uma versão instrumental de Beatifull de Cristina Aguillera e no Reading Festival de 2010 quando usou o microfone para vociferar contra policiais e a organização do festival – “vocês querem nos f*der!” – por ter sido avisado que seu set deveria terminar no horário estipulado, mesmo tendo começado sua apresentação com grande atraso.

Para essa missão haveria de ser alguém muito grande que pudesse controlar essa fera.

“Eu tinha ouvido muitas coisas, mas falei com ele olhando nos olhos e ele foi muito respeitoso comigo e com os outros”, lembrou Angus Young. Nós dissemos: ‘Ok, temos que ter alguns ensaios para fazer isso acontecer’, e ele se comprometeu totalmente e fez isso muito profissionalmente. Se estivéssemos lá para fazer o show, ele estava junto, ao mesmo tempo que nós, prontos para tocar.”

Para o AC/DC, ali estava a oportunidade de ter um vocalista matador, um cantor com o mesmo estilo vocal de Brian Johnson ou Bon Scott, acostumado aos palcos de grandes arenas e com capacidade de agitar as coisas, obtendo alguma energia nova do público. No momento em que tudo parecia acabado.

Axl Rose e Angus Young
Axl e Angus juntos – divulgação

Lições aprendidas nos palcos

Brian Johnson saindo, Malcolm Young tendo que se aposentar, ambos por problemas de saúde, Phil Rudd sendo preso e sentenciado a oito meses de prisão domiciliar, isso no meio de uma turnê que não podia parar. Fez sua aposta mais alta.

Deu liga e ao invés de decepcionar quem pagou ingressos, o que se viu foi que o AC/DC deu aos seus fãs um momento especial, não planejado, mas brilhante.

Esta oportunidade também fez bem para Axl. Ele pode ter aprendido algo sobre humildade e ser razoável com o fato de estar em uma situação grandiosa em que ele não era “o chefe”.

Uma lição que apenas uma banda como AC/DC, gigante, anterior a seu tempo, uma locomotiva do rock, poderia ter ensinado.

Pode ter sido um bom exercício em fazer parte de uma banda novamente, em vez da sua banda, numa situação em que vacilar simplesmente não seria tolerado. “Não sei se posso dizer que o domamos”, disse Angus mais tarde, “mas posso dizer que quando estávamos na estrada ele estava lá conosco.”

Axl demonstrou que quando está focado, na direção certa como fez, essa energia traz as coisas boas de volta.

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